É no meio deste stress citadino, e ideias peregrinas sobre colocações de bandas gástricas, reafirmação dos seios, o Mundo, o amor, os exames da Ordem, concursos administrativos, que eu páro para pensar e me recordo da minha infância.
Brincava na rua, sirumba, polícias e ladrões, futebol humano, a tormenta da escolha de equipas – lá restava eu, a mais nova de todos, enfezada que metia dó, com os joelhitos tortos e pouca coordenação motora, indagando-me porque seria sempre a última a ser escolhida para os jogos,
mas, em contrapartida,
a primeira a ser lançada para debaixo dos carros quando a bola fugia para debaixo de um motor, e a única a ser lançada à altura de um primeiro andar, para ir buscar o boomerang à varanda da vizinha.
Tenho orgulho em dizer que cortei 2 sobrolhos, parti a cabeça, caí do vai-vém e espetei um pau no rabo que, até hoje, me dá dores e me fez deslocar o osso do cócxis.
Altura em que a nossa vida se resumia a brincadeira, ao parque na praceta, com baloiços construídos pelos nossos pais e avós, ao campo de futebol, aos jogos do guelas, às noites em roda, contando histórias assustadoras, aos piqueniques no monte, à fogueira dos Santos Populares, as fugas à Careca Cigana, miúda das barracas que nos aterrorizava e nos perseguia quase até ao elevador.
Os namoros infantis, o sermos moços de recados dos mais velhos, brincar ao quarto-escuro, os jogos de mesa (25 em 1!), o espancar o amigo mas passados 10 minutos fazer as pazes,
O verão, e todas as noites jogos, jogo das cores
(na na, isso é azul
– não é nada é verde turquesa
-que é isso? não vale inventar cores !
apanhada, stop, escondidas ( eu vi-te “arrebenta” a bolha!),
jogo dos países. O “N” – Noruega, Nuno, nanás (nanás nao é nenhum fruto, batoteira!), Negro
– fosga-se granda batotas, negro não é cor,
– ai não ai não?
– NAO!
– então ponho noir
– isso é inglês, assim nao vale!)«
Os amigos que mudaram de rua, de terra, de país. O amigo que morreu, os amigos com que nunca mais falei, e os amigos que hoje ainda o são. São as recordações dos meus amigos,
A vida pode dar muitas voltas, mas o facto de nos termos conhecido e sido irmãos ninguém nos tira. Na altura não o adivinhávamos, mas naqueles anos em que sonhámos, fizemos planos e pensámos no que a vida nos reservaria, não atentando no presente, no momento exacto que estávamos a viver,
crescíamos, e éramos tudo uns para os outros.
Os meus amigos, os meus queridos amigos, foram os melhores que se poderiam ter.
E como este foi dos melhores posts que escreveste e veio do coração, tens direito a um comentário que tantas vezes pedes. 🙂
Grande. Nada a dizer. Estou demasiado encantado. Beijo.
Que saudades da minha infância, os meus amigos, de tudo o que foi e já não volta a ser.
Choro mas obrigada!
Beijinhos
Paula
E é isto que faz com que o teu blog seja tão concorrido e muito apreciado…no meio dos post cómicos que me fazem rir e ficar bem-disposta, tens posts como este de uma profundidade e sentimento tais, que nos fazem pensar e recordar…
Obrigada,
Beijinhos
Arrebenta a bolha su…
vem conosco pa Beja vá lá! O que é nós sem ti no meio dos miudos?
beijinhos muitos
a todos os que blogueiam por aí fora, fizeste lembrar algo esquecido. boa. gostei. D
Que bonito su!!!!!!!!!!!!!!!
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…espetaste um pau onde???? :-O
muito,muito bom! 🙂