No Sábado passado fui a um jantar a casa de uma amiga, refeição essa que haveria de consistir num prato normal, cozinhado pela anfitriã, e um outro vegetariano, elaborado por um nosso amigo.
Quando entro na sala deparo-me com um cenário retirado directamente do 2.º capítulo do Génesis:
De um lado um tabuleiro delicioso de bacalhau com natas, com parmesão gratinado e acabamentos de luxo.
Do outro lado, um tabuleiro com meia dúzia de alcachofras, quatro beringelas e umas susbtâncias mortas que boiavam reluzentes atreladas a um par de grelos regados a vinagrete. Pareceu-me ainda vislumbrar (mas não garanto) uma anémona do mar viva com duas lentilhas a fazer de corninhos e um inverterbrado indecifrável que variava entre um cavalo-marinho e um peixe-abrótea há muito em decomposição.
Ah pois, e aqui o dilema bíblico… perante aquela mesa dividida, no fundo nada mais que a árvore da ciência do Bem e do Mal, que fazer?
– ferir susceptibilidades de um mui amigo vegetariano e dedicado, e alambazar, regalada, o meu bandulho naquele tentador bacalhau gratinado?
– Ferir susceptibilidades do meu nobre estômago e comer o que a mim, à vista desarmada, se me assemelhava a algo muito perto de cócó? (a dignidade da minha amiga estava, desde há muito, assegurada, pois um bando de indigentes esfomeados clamavam pelo bacalhau desde que lhe tinham posto a vista em cima)
Enfim, perante a questão, tomei a que me parecia ser a melhor e mais equitativa solução: comer um pouco de cada um dos pratos.
Adianto que o bacalhau soube-me a nêsperas, os grelos a cevada e nem com meio litro de tisana Pleno fiquei recomposta da violência a que submeti o meu sistema digestivo. Por segundos, visualizei o suco peptídeo a descer, fumegante, o meu duodeno, e então assomou-se-me tudo à boca à laia de represália.
Se tentarmos agradar a todos o mais provável é acabarmos com a cara ou o rabo na sanita, por isso, jovens deste país, não sejam provincianos como eu e tenham a hombridade de, perante semelhante situação, dar um passo em frente e, mão ao peito, olhar no horizonte afirmar: “amigos amigos, comezainas à parte. Eu opto pelo bacalhau e digo NÃO às beringelas”.
Essa era de nível um, Salsichita! O bacalhau vem sempre em primeiro lugar! Pelo menos quando a outra opção é um prato de aspecto duvidoso!
Amadora…
Um bacalhau com natas é sempre um bacalhau com natas!!! Onde está a dúvida?
Bjo
Fazer sacrificios pelos amigos ainda vá….mas tanto????
Os bacalhaus puxam carroças? Não! Os bacalhaus sofrem quando são pescadas? Ninguém sabe o que é um bacalhau vivo, quanto mais se sofre quando é pescado! Conclusão: bacalhau com natas é um prato vegetariano.
pois pois e o teu rabo já se vê?
Eu também estava lá e confirno esta história, mas susi toma o exemplo dos mais velhos (trintonas) passar directamente para o segundo prato sem passar pela prisão das beringelas…
E o Nélson que me desculpe mas tem que melhorar as suas iguarias vegetarianas porque o sal também é importante…
P.s: Então e a mousse de goiaba…Humm! como estou gordita preferi deixar para o resto dos convivas :p
Sempre altruísta a nossa Susana.
Eu eu detenho imagens exclusivas do agradecimento da nossa Salsicha após o repasto a que se submeteu.
O teu amigo é muito pouco educado, não retribui o carinho.
Toma lá fresquinho!
A semana passada fiquei às portas da morte depois de ter comido a porcaria das beringelas… Elemento a aniquilar da minha dieta!
Eu não sou de intrigas, mas as beringelas fazem hemorroidas… Se não é hemorroidas é outra coisa qualquer má…
Que se lixem as desculpas, eu ia mesmo para o bacalhau!
eh heh he! Grómito???? Como é que se vomita assim?
Grande Susana!!!
ès mas é uma grande ingrata… eu e claudia a queremos fazer umas iguarias para não ser sempre o´já tão típioco frango com batata frita e tu aqui a dizeres mal (LOL)… tomar que tu te tivesses cagado toda… (é que a comida vegetariana tem esse efeito!!!)… ADOREI… a sério…
(Nélson)
Bem, bem, estou a ver daquilo que me livrei! E a Clau a dizer que o jantar tinha corrido muito bem, esqueceu-se foi de mencionar essa terrível verdade do segundo prato :). Desculpa Nelson, mas também não sou fã de comida vegetariana, a não ser que esteja muito disfarçada com molho de nata. Fico avisada para a próxima.
Agora a sério, tive muita pena de não ter ido ao jantar e aproveito para te dizer, Susana, que adoro o teu Blog, faz-me rir às gargalhadas. Beijo. Maf
Nelson, bébé, ainda bem que percebeste que eu exagero UMMMMM BOCADIIINHO!!! Maf, a sério, devias ter vindo, sempre era mais uma para me ajudar nos estacionamentos! beija*
Olá!
Respeito a tua opinião mas gostaria de dizer que sou vegetariano há mais de 8 anos e me sinto muito bem e feliz.
Começou com a prática de Yôga, onde ganhei uma enorme consciência. Experimentei e os resultados foram fantásticos 🙂
Agora, não como nada que dê origem à morte de animais que não têm culpa da falta de consciência do Homem que gratiutamente se alimenta de cadaveres e depois sofre as consequências na saúde.
SwáSthya!