Após uns meses de interregno, e de muita insistência de uma Brasileira de 25 anos, que casou com um homem rico de 50 anos, voltei a escrever.
A brasileira é giraça, com grande sexyness. Veio lá dos quintos dos infernos do Brasil, Fortaleza penso eu, onde o meu marido – por eventual precaução ou dizendo mesmo a sua opinião (nunca saberei), insistiu em que nunca tinha visto tanta mulher feia por cada metro quadrado. Instintivamente olhei-o de perfil, é o meu melhor ângulo.
Parte engraçada: a brasileira veste-se bem, é inteligente, é chique: por muito dinheiro que ganhe (que, note-se, não ganho), jamais terei aquele cenário.
Pior: é paciente, é cautelosa e eficiente. E é apaixonada pelo marido, que conheço pessoalmente e reconheço que para pessoa cinquentenária,
está muito bem.
está muito bem.
(Pequena pausa de choque, relembro-me que daqui a apenas 10 anos terei essa idade. Náusea.)
Portanto, a zuca que no primeiro parágrafo aparenta ser uma vaca
sabida, surpreende agora o internauta com o seu perfil de mulher forte, uma Margaret Tatcher acabritada, a Coco Chanel do Ceará.
sabida, surpreende agora o internauta com o seu perfil de mulher forte, uma Margaret Tatcher acabritada, a Coco Chanel do Ceará.
Nem sei por que menciono Coco: “uma mulher deve ter 2 coisas na vida: um vestido preto e um homem que a ame”. Apontamento mental:
1.º E eu uso o vestido
preto exactamente com o quê? Descalça?
preto exactamente com o quê? Descalça?
2.º O homem ama-me,
mas há reciprocidade? Eu amo-o?
mas há reciprocidade? Eu amo-o?
Quem leu o blogue há uma vida atrás, deve
recordar o infeliz que um dia encheu-me a caixa de comentários com precisamente 500 (quinhentos) “Amo-te”. Não fosse ele estar sob o jugo da Lei da Saúde Mental (internamento compulsivo por esquizofrenia paranoide pela minha pessoa.
recordar o infeliz que um dia encheu-me a caixa de comentários com precisamente 500 (quinhentos) “Amo-te”. Não fosse ele estar sob o jugo da Lei da Saúde Mental (internamento compulsivo por esquizofrenia paranoide pela minha pessoa.
Adiante, a brasuca é muito adorável. Fosse eu homossexual, traçava-a. Eu gosto de mulheres fortes. Não de compleição física (nada contra: been
there, done that), mas de carácter. Eu aparento ser forte. E tento. Sou razoavelmente competente, mas nada se equipara a esta mulher.
there, done that), mas de carácter. Eu aparento ser forte. E tento. Sou razoavelmente competente, mas nada se equipara a esta mulher.
A título meramente exemplificativo: eu tive um bebé, e passados 3 meses, estava ainda ao nível físico e social de um porco semi-inconsciente.
Ela teve 2 gémeas bem gordas. Passados 15 dias, ei-la a amamentar: uma
em cada mama, telemóvel preso entre a orelha e o ombro – (ombros régios, muito bonitos) e a escrevinhar num Moleskine.
em cada mama, telemóvel preso entre a orelha e o ombro – (ombros régios, muito bonitos) e a escrevinhar num Moleskine.
– “És tão eficiente”, disse-lhe eu, empurrando discretamente o meu caderno da Staples para dentro da mala.
– “E tu és tão engraçada” – respondeu ela. E chamando uma das enteadas, apresenta-ma e diz-lhe: esta é a Salsicha, aquela não conseguia fazer côcô (sic) na casa do namorado mas um dia ficou lá um TAROLO ENORME A BOIAR NA SANITA!
Riram-se imenso.
Reflecti. Esta brasuca é assertiva. Num debate qualquer – que não envolvesse sociopatas ou travecas sem dentes -, eu nem o iniciava, dava-me logo por vencida, atirava o microfone ao ar e projectava-me para o colo
dela.
dela.
E a história preferida dela é a do Floater.
Cheguei a casa e fui relê-lo no embaraço do meu quarto, mesmo ao lado da fatídica casa de banho.. Opá…muito bom. Eu sou o máximo! Sou
super engraçada. Ri-me como se fosse a primeira vez. Talvez porque me lembre como foram aqueles 10 segundos de conversa ao telefone, num crescendo formidável.
super engraçada. Ri-me como se fosse a primeira vez. Talvez porque me lembre como foram aqueles 10 segundos de conversa ao telefone, num crescendo formidável.
Nada a fazer, lamento. Sou muito espirituosa. E graças a esta brasuca, apeteceu-me voltar a escrever.
Obrigada Zuca. Fosse eu solteira e homossexual, e não fosses tu de uma religião esquisita, lá das palhotas Cearenses, e muita areia para o meu camião, TENTAVA A MINHA SORTE.
E assim termino esta minha narrativa – uma espécie de Fábula de La Fontaine da Margem Sul, mas com todos os seus atributos: simples, bela e simbólica.
Não têm nada que agradecer.
Partilha-me toda, eu gosto
Adorei
Lindo, q saudades… Para mi a história do traveca e fenomenal… A da televisão tb. Please keep writing we definitely miss you tons … I'm beijinho do outro lado do Atlântico
Ahahah que saudades…essa do floater ficou na história. Até a minha mãe fala nisso as vezes 😁
Susana
:)) Grande mulher essa brasileira sobretudo por te trazer de volta aqui!
Obrigada, wine e redonda sempre no pedaço! Vidas…fico lisonjeada com a atenção da tua mãe !!
Aliás, fico muito agradecida a todos. Vocês 4.Por isso é que me virei para o facebook… mas não é a mesma coisa.
obrigada!