Nem sei que título pôr

Há coisa de ano e meio que sou oficialmente e, preparem-se, “madrasta“(Chocante, eu sei). As crianças, de 6 e 7 anos ( espertos que nem ratos, que choramingam para o pai lhes atar as sapatilhas mas entram no carro e cantam Alice in Chains em berros demoníacos) enfim, estes dois loiros de olhos verdes/azuis têm efectivamente duas características engraçadas.


A 1ª é que os adoráveis querubins jogam “Gears of War III” (nível hard) aniquilando monstros humanóides com lança-chamas e com moto-serras, utilizando comandos com controladores duplo-analógicos, salvando a Humanidade


A 2ª é que quando dá a Rosa Fogo na SIC o mundo inteiro pára.


Apesar de cá em casa as novelas não constarem das nossas opções televisivas, certo é que os miúdos seguem-nas com sofreguidão e fazem questão de reproduzir fielmente as cenas de amor (especialmente os da Alma Gémea, taradice pegada), dizendo com sotaque brasileiro “me dá um beijo amor“, “isso é sexo forçado!“, “vamos fazer sexo” e “quero fazer sexo Ivan“, enquanto de olhos fechados e bocas abertas e línguas de fora, acariciam as próprias costas com os bracitos cruzados, vivenciando intensamente o momento.


Nós estamos acostumados ( efectivamente ainda só não me habituei ao facto de antes de irem tomar banho fazerem sempre questão de me mostrarem o rabo ficando com os tomatitos dependurados); mas claramente que o resto do mundo não.


Ontem fomos jantar fora com os tios dos miúdos, irmão do Pedro e respectiva mulher, senhora de grande sensibilidade. No final da refeição o mais velho pediu um Calipo. Foi o fim do mundo em cuecas.


Cenário: miúdo de 7 anos com as duas mãos a agarrarem carinhosamente o Calipo, com a língua a rodopiar e os cílios a piscar , ar lânguido e um ” VAMOS FAZER SEXO AMOR!”perfeitamente audível no parque de estacionamento. Semblante pálido da tia e olhares incrédulos dos casais presentes.


Lá explicámos o mais rápido possível que para estas amorosas crianças, fazer sexo são beijos na boca, beijos estes que suscitam as curiosidades normais nestas idades (eu acho que não era assim, mas também só dava o Sassaricando e Sassá Mutema)apesar da tia, lívida, continuar com a mão no peito, ainda assombrada pelo fellatio homossexual que afinal só acorreu na cabeça dos adultos.


Pessoalmente, achei extremamente divertido. Vou tentar fazê-los comer em frente aos bisavós.

Partilha-me toda, eu gosto

13 comentários em “Nem sei que título pôr

  1. Continuas a ser a melhor blogger de todos os tempos. Não venham cá com pólo norte nem com lady oh my dog. A Susana será sempre a Susana.

  2. Podes emprestá-los um dia destes? Acho que fariam um sucesso no jantar da paróquia lá da minha terra, e o máximo que lhes acontecia era voltarem para casa ensopados em água benta.

  3. Também eu estou habituada a ter vislumbres de tomatitos marotos a espreitar entre as badanas de um rabiosque… Que orgulho!

    Fico feliz por ti. E marca o quanto antes a visita aos avós.

  4. Só quem não tem filhos pequenos é que estranha. O meu, de 6 anos, por vezes quando se apanha nú diz "quero fazer sexy com a popota". É a risada geral….

  5. Ooh adoro quando voltas a escrever aqui! Devia era ser mais vezes :p.

    Olha os sacanas dos miúdos hein? Agora percebo quando a minha mãe diz que os garotos de hoje em dia "crescem depressa de mais" 😀

  6. salsicha girl,filha. Tu vê se voltas que isto já não se aguenta.. Não me vais fazer ler o arquivo do teu estaminé pela 236a vez !

  7. Ah ah ah como a minha sobrinha, ensinada por um avô, responde à avó após pergunta amorosa "onde vais, querida?", "às putas, avó".

  8. Juanna, nunca me lembraria dessa. Não a posso dizer, mas fica gravado!

    obrigada pelos comentários e não, parece que não posso emprestá-los.

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