Ontem, dia 13:
– não ganhei o euromilhões (nem me lembrei de me apostar, dumb!)
– fiquei atolada num beco em Santos porque houve um carro que resolveu estacionar no meio da rua, e foi à sua vida, deixando-me num estado de nervos já que nem podia fazer marcha-atrás (já andar para a frente foi o degredo que foi!!), nem podia desabafar porque era a única pessoa sóbria,
depois quando nos lembrámos de levantar as escovas do carro, e colar folhas lambidas de jornais no parabrisas do veículo e deixámos um bilhete repleto de asneiras e ameaças ilícitas,
apareceu a polícia, que com cara de poucos amigos nos perguntou o que é nós pensávamos que estávamos a fazer, (e eu a a tentar esconder o bilhete ofensivo no meio do soutien)
aflitinha para fazer chichi, e possessa com aqueles polícias com ar de engatatões do Cacém de Cima, começo a gritar que era tudo uma pouca-vergonnha e, inclusive, eles eram uma vergonha, quando eram precisos para actuar e multar carros não faziam nada,
e um polícia a perguntar-me, de cacetete na mão, se eu tinha estado a beber,
eu de mão na anca, qual sopeira recé-licenciada:
– bebi sim, senhor agente, 3 sumóis de ananás e um ice tea de manga – algum inconveniente?
E um outro polícia “então mostre lá esse papel que ia deixar”
e eu (que remédio!) “tome lá, mas olhe que eu ainda devia ter escrito pior”
O polícia lê, dá a ler ao outro, riem-se , e colam o bilhete no meio do capot.
Ainda bem que os nossos agentes detêm algum nível, se bem que básico, de comicidade.
Lá conseguimos sair daquele inferno, para, 40 metros à frente, pararmos por falta de bateria.
Passei as 2 horas seguintes sentada no passeio, a olhar para os beirais dos telhados e a contar o número de plaquetas de cócó de pombos até, finalmente,
aparecerem 4 amigos alcoolizados que ajudaram a pôr o carro a pegar (não sem antes terem quase cilindrado 2 namorados góticos que caminhavam silenciosos no passeio, graças a Deus que estes tiveram discernimento para literalmente se pendurarem no estendal de um rés do chão).
cheguei a casa e o aquecedor do meu quarto estava no nível 2… Não aguentei e cedi às emoções latentes. Chorei, chorei e chorei.
E depois ri-me. Aquele bilhete colado no capot era mesmo uma conspurcação desde a primeira maíscula até ao último caracter desenhado! É nestas alturas que adoro o meu lado mais carroceiro.
Mental note:
Mas tu tens outro lado sem ser esse.. carroceiro?
VAI DEFECAR!
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