Hoje cheguei a um ponto bem triste da minha existência
infelizmente descobri, por mero acaso, que eu cabeceio nos comboios, mas cabecear a sério, com a língua pendente e testa contra a janela. Ocasionalmente acordo, lá recolho a baba e peço desculpa ao vizinho do lado, que entretanto já está com as duas pernas praticamente barricadas na coxia. Outros há mais simpáticos, que me acariciam o queixo enquanto sussuram canções de embalar.
ou seja, eu descobri que me tornei numa daquelas pessoas das quais eu sempre ri em miúda.Meu Deus, o que me reservarás para o amanhã??
Usar cintas?
EU NÃO QUERO CRESCER!!
sempre pode andar de carro… E aí não convém adormecer! EH EH EH…
Eeehheeh. Também me acontece o mesmo. E o pior é que não possúo qualquer vergonha em mim. Tenho encaixar-me em recantos de forma a não ter o organismo a pender para nenhum lado: nem para a janela, nem para a senhora que faz cróxê ao meu lado. Mas nunca consigo e vou a fazer de batente até que me doa a têmpora.
Fraca Figura….
Beijinhos e saudades.
Cotovelo na base da janela, mão no ombro do lado oposto, cabeça deitada sobre essa cama triangular… não há cabecear possível…
Só eventualmente se passa a ideia de que se está prestes a regurgitar a nossa última refeição, mas sempre achei preferível isso a perder 23 minutos de sono embalado por carris!
Susana, eu faço isso desde os meus 15. Comboio, metro, cacilheiro, carro, mota e bicicleta, os três últimos a conduzir (acordei sempre a tempo)! Sabe tão bem ouvir o maquinista do metro a repetir pelos altifalantes “paragem terminal” para o único palhaço que ainda estava na carruagem.