Hoje fui inscrever a minha mãe novamente nos exames nacionais, já que ela está na Faculdade de Letras mas quer mudar para a pior faculdade do Mundo: a de Direito.
Não a consgui dissuadir, até porque ela mais teimosa que eu, e tive mesmo que ir ao meu antigo liceu.
Passados 10 anos (com a mesma insuficiência económica, o mesmo juízo, 20 quilos a mais e amigos a menos- mas com telemóvel, note-se)
regresso ao meu 2.º lar.
Só vi foi gente chunga, pitas estupidas, miúdos bêbedos e broncos e professores lívidos a tentarem passar despercebidos nos corredores. Enfim, foi um momento enternecedor.
O pior foi quando eu percebi que aqueles ranhosos pensavam que euzinha estava lá para concluir o 12.º e fazer exames nacionais.
Imediatamente resolvi o problema: agarrei no telemóvel, meti no silêncio, e comecei a falar com um amigo imaginário que por acaso, no minha pensamento egocêntrico , era um acessor do Ministro do Ambiente e me estava a pedir (reformulo, implorar) que eu lhe concedesse um parecer jurídico.
Depois de um monólogo esclarecedor na fila para a Secretaria, de aproximadamente 15 minutos, em que os miúdos levaram uma overdose de direitos reais, criminais, laborais e obrigacionais. Em relação ao ambiente realmente falei pouco, alertei só para a punibilidade do abate de criprestes na Lourinhã, (se é que existem em Portugal..).
Só depois de os ver com um olhar de profunda admiração é que desliguei a chamada.
Uma década depois, o mesmo megalomanismo.
sempre foste assim…
That’s a great story. Waiting for more. » » »