Não me levem a mal.. eu adoro animais,
mas estão a ver aquelas situações,
em que estamos de cócoras atrás da porta da sala, a tentar diligentemente ouvir uma conversa ao telefone,
entre o nosso irmão e uma miúda, há já quase 10 minutos,
na mesma posição, quase sem respirar, com os joelhos esfolados, os ombros deslocados e o rabo a descair para trás?
e, ao mesmo tempo, rimo-nos muito baixinho, quase afogando-nos com o esforço de contenção, enquanto tentamos explicar à nossa mãe, do outro lado do corredor, que não estamos a fazer nada de mal, para ela dar meia volta de modo a que consigamos continuar a ouvir a conversa?
Pois, o problema dos animais é que, sem qualquer pudor, e em qualquer tipo de situações, quer estejamos naquela situação há 1 ou 30 minutos, acabam por nos denunciar. Sempre.
Aquele cão vinha da sala, ar abatido, arrastando-se pela divisão. Quando dobra a esquina vê-me naqueles propósitos. Claro que para um animal que não faz nada o dia inteiro, ver a dona naquela posição é um petisco pincelado a mel.
Primeiro começa a abanar o rabo. Antes de entrar em pânico faço-lhe sinal com a mão para ele vir sem grande alarido.
Porque algum motivo é cão, burro que nem uma porta, interpreta o meu aceno como um convite tácito para brincar. Começa a saltitar à minha volta, latindo alegremente, olhando também para o meu irmão como que a convidá-lo para uma grande brincadeira.
Nem tenho tempo para lhe dar um pontapé.
Só vejo surgir o peúgo roto do meu irmão e, quando me preparo para fugir apanho com aquela meia nojenta, à qual vem atrelado um dedo do pé com ar suspeito.
Nem pude reclamar. A minha dignidade não mo permitiu.
Limitei-me a dar um chapadão no cão e a imaginar o desfecho da conversa telefónica.
Um conselho? Na lojinha..escolham os peixes.
conselho responsável… mas não apoia a classe 🙁 ai pobres veterinários
Cusca ! 🙂