Voltei da terra.
Ainda estou com a cabeça à roda com tanto beijo, tanto folar, tantos tios, tanta agua pé, tanto frio, tanta hortaliça, queijo fresco, leitão assado,
e, o momento alto do fim de semana,
estando eu enrolada numa manta de retalhos a tiritar de frio, a cheirar a fumo da lareira, com uma bucha de pão com chouriço numa mão, e um copo de sumo Ika na outra, cabelo desgrenhado, roupa preta de fuligem e peúgos pretinhos por andarem a baloiçar-se nos troncos de lenha,
aparece a minha avó aos gritos “ó Susana anda dar um beijinho ao primooooo0!!”
e eu nem tive tempo de fugir, fui apanhada a arrastar com a manta, um pé já na soleira da porta mas fui demasiado lenta,
lá olho eu resignada para o rapaz “deixa cá ver a prenda” pensei eu, a minha avó só me arranja é gente doente (pudera, a família sofre toda do mesmo mal)
então não é que era um jovem garboso, alto, loiro, de olhos verdes, com um sorriso tímido e super duper casual,
A minha avó enlevada , o rapaz sempre sorridente, eu com vontade de chorar ainda com restos de chouriço nos dentes,
e o meu irmão e os meus primos todos chorando a rir atrás de um alambique.
Jesus, isto é que coisa se faça? Próxima Páscoa não me apanhas Tu desprevenida.
quanto mais primo mais se lhe arrimo
Realmente, és muito engraçada. Aprecio o teu humor e sem que saibas consigo sorrir depois de um dia…Continua!