I see dead people

Exposição do Corpo Humano

(não, não vou discutir se os espécimes eram asiáticos ou africanos, recuso-me a entrar numa discussão inútil e por demais evidente – asiáticos – ou há todo um universo mitológico que se desmorona).

Entro numa sala e vejo um caixote de vidro repleto de maços de tabaco, inseridos numa ranhura pelos corajosos visitantes. Por cima, uma inscrição que incita: “Deixe de fumar, agora”.

Excitada, vou buscar o Renato à sala das artérias

(muito esquisito é este miúdo, a chatear-me porque me detive no único corpo nu de uma mulher nesta exposição machista – peço perdão por ser curiosa e ter uma oportunidade única de saber se sou anatomicamente normal – enquanto ele próprio fica 20 minutos em frente a uma árvore bronquiológica, exclamando de olhos vidrados: que lindo, que lindo)

Arrasto-o até chegarmos ao caixote do tabaco. Inquiro-o: “então, é desta?”

Ele observa, guloso, os maços de tabaco. Olha para ambos os lados, e vendo-nos sozinhos, desafia-me: “achas que consegues meter a mão no buraco?” Incrédula, olho com atenção o hiper-racional e sensato namorado que supunha ter. Julgo ver uma sumida linha de saliva a descer-lhe rosto abaixo.

Fugi dali horrorizada. Tenho que repensar o ultimato do “o Malboro ou eu”. Não sei viver sozinha.

Partilha-me toda, eu gosto

15 comentários em “I see dead people

  1. Ter um namorado assim até nos faz arrepiar os pelos de rir… (não é Ganda Renato?)…

    Mas sim… também concordo que seria muito mais proficuo deixares de fumar. Susana, Vai em frente!

  2. …é ele desconfiar que se continuar a fumar deixa de levar beijinhos. É garantido que lhe passa logo a vontade dos fumos;)

  3. Su,desiste. O vicío do tabaco é viciante,eh eh eh eh. gande constatação. Mas vá,eu já tentei deixar de fumar sob ameaça,e o unico feito foi superar os dois maçitos pra três. Queres melhor soluçao? exprimenta meter-lhe todos os dias ao lado da almofada,mesmo perto do nariz,um cinzeiro daqueles com fundo já negro, 😀 Qdo acordar dá-lhe logo outra perspectiva da coisa. É teoria choque eu sei,mas sempre fica com noçao do que sabe lamber um cinzeiro :D. Comigo funcionou,plo menos durante um dia…Até passei a manha sem puxar do cigarrito,escusado será dizer que foi porque a passei na casa de banho de volta do chuveiro a tentar tirar a cinza do cabelo.pois! :)))
    Beijito ,sô dona salsicha

  4. O meu pai fumou durante vinte anos.
    Um dia a minha mãe disse-lhe que não o voltava a beijar enquanto ele fumasse.
    (pasme-se) Nunca mais fumou^^

  5. Esqueceste-te de referenciar também a existência, na mesma caixa, de lenços ranhosos e caixas de pastilhas (e não, não eram das de nicotina). Maltinha asquerosa…:/

  6. Lanço um repto. Ajudo alguém no museu e dividimos os maços a meias e depois alguém me ajuda nas grutas da moeda, dividem-se os lucros a meios. assunto sério, deixar contacto.

  7. Só mesmo um gajo para se lembrar dessa!!…
    Por acaso não fui a essa exposição. I don´t like to see death people!!

    Combater o vicio de namorados fumantes é quase missão impossível. Eu tenho um trato com o meu: desde que não me fume pra cima, faça o quiser que os pulmões são dele…

    E então, puseste a mão lá dentro ou não?…LOL!

  8. Tinha eu… não me lembro que idade tinha… talvez uns 12 anos ou talvez um pouco mais… quando roubei um maço de tabaco à minha mãe… Como todas as crianças eu tinha amigos mais velhos que fumavam… então nesse dia, sozinho e sem influencia de ninguem, resolvi ver o que era aquilo do fumar… epá foi uma granda merd@! Na altura não percebi e passado 20 anos continuo sem perceber o que leva um ser humano minimamente racional a fumar…

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