Gajas…

Código de Hamurabi 1600 a.C., sociedade babilónica, capítulo IX relativo à injuria e difamação:

127º – Se alguém difama uma mulher consagrada ou a mulher de um homem livre e não pode provar deverá arrastar-se esse homem perante o juiz e tosquiando-lhe (??) a fronte.

132º – Se contra a mulher de um homem livre é proferida difamação por causa de um outro homem, mas ela não é encontrada em contacto com outro, ela deverá saltar ao rio pelo seu marido.

Portanto, se alguém difama uma freira ou uma respeitada senhora de sociedade, e nada se provar, o desditoso criminoso é submetido à vergonha incomparável de lhe tosquiarem (mais rigor, babilónicos, mais rigor!) a testa. (ficamos num indelével mistério caso seja acossada uma noviça ou a legítima esposa de um carroceiro)

Se uma senhora casada é difamada por burburinhos sexuais, e não se confirmar a marotice, atira-se ao rio e sublinho que não é molhar os pezinhos à beira-mar mas sim lançar-se de cabeça do ponto mais alto da cidade.

Posto isto, façamos a conjugação das duas disposições legais:

Se houver difamação e for tudo uma grande mentira:

– o difamador, a não ser que seja uma aberração da natureza e tenha barba na testa, sai exactamente como entrou: ileso.
– A difamada, cujo único crime é ser mulher babilónica casada, suicida-se, e atenção, não é pela sua desonra, mas sim pela do idiota do marido!

Tremo só de pensar se vivesse neste época. Ou tinha a sorte de ser gajo e andava sempre no gozanço a lançar rumores sórdidos sobre miúdas com a malta da associação ou era gaja e acabava invariavelmente aos 13 anos com os queixos sepultados no fundo do mar. (Por isso é que tinham jardins suspensos. Para o mergulho ser maior.)

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10 comentários em “Gajas…

  1. Vejamos o seguinte:

    – Não implica nudez
    – Não tem foto
    – Implica um conhecimento um pouco mais completo que a cultura fornecida pelos “Morangos com Açúcar”.

    Não esperes o sucesso do post anterior.
    A gente não vem cá para pensar. Vê se atinas!

  2. Susana Maria: ainda tenho esperança que esse “todo o mulherio” não seja assim taaaaaao abrangente! Apesar de “todo” já ser muita gente…

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