A semana passada, numa ida simpática ao bairro típico da Cova da Moura, encontro-me com o meu cliente.
Perfil técnico do mencionado cliente:
– cabo-verdiano de 2ª geração com personalidade francamente criminógena,
– desconhecimento absoluto das regras básicas de vivência em sociedade,
– 20 filhos dispersos, mas nenhuma pensão de alimentos, nem um brinquedo nem um par de sapatos entregue às crianças (argumento demolidor: as mães portam-se mal).
Basicamente, uma pessoa encantadora.
Devia-me dinheiro, mas como é usual entre a minha clientela, só se lembrou disso quando foi apanhado novamente pela polícia, acabou por ser solto mas novo processo-crime às costas.
A realidade é que ele estava verdadeiramente aflito. E eu também me dava jeito o dinheiro, daí a minha ida à Cova da Moura, uma vez que ele de tão borrado que estava não saiu durante 2 dias do perímetro da rua dele, escondido atrás de uns canaviais.
Cheguei ao pé dele às 8 da noite, cansada, olheirenta, um caco humano.
Berrei-lhe logo : O MEU DINHEIRO PÁ??!!! NEM PENSES QUE AMANHÃ VOU AO TEU JULGAMENTO! SÓ COM O CU APERTADO É QUE TE LEMBRAS DE MIM NÃO É? PAGA O QUE DEVES!! P-A-G-A!
Ele, numa pilha de nervos, no seu português acrioulado : DÔTORA NÃO MI ESTRESSA!!!!! JÁ ISTOU ESTRESSADO O SUFICIENTE, DOTÔRA NÃO MI ES..
E de repente parou. Arregalou as vistas e olhou para mim com olhos de ver.
“Dotôra” – disse com uma voz surpreendida
“MAS QUI BARRIGA É ESSA HEIN????! MEU DEUS!!
Num micro-segundo percebi que de tão irritada que estava não tinha contraído a barriga como faço eficazmente desde os meus 14 anos. Estava com uma pança de taberneiro inacreditável, mesmo com as collants redutoras, o que claramente o perturbou.
O MEU DINHEIRO PÁ!!! – continuei eu, perdendo o meu amor-próprio em prol do pagamento da prestação do carro.
Ele sem tirar os olhos da minha barriga sacou das notas, uma a uma, e entregou-mas, mecanicamente.
Naquele dia um mito caiu e deixei de ser a musa branca e boa dos cabo-verdianos da zona para ser uma pançuda avarenta igual a tantas outras velhas desdentadas da estrada da Damaia.
Mas não faz mal. Continuo com a minha comunidade das Travecas. Para essas serei sempre a Suprema Deusa, afinal basta não ter barba e maçã de adão. Travecas Power 4 ever ( e venham lá as comissões de assistentes sociais da comarca da Amadora fazerem comentários depreciativos sobre os meus textos).
Um grande OLÁ a todos, voltei ao activo! (sem ginástica, claro)
Ainda hoje o meu namorado falou no blogue e tu voltas. Se soubesse que era assim que funcionava, já lhe teria dito para falar mais cedo. Por favor, que retornem as travecas, que já tenho saudades delas 😀
(e bem vinda de volta!)
Bem venda!
E que belo texto para soltar mais uma gargalhada 🙂
mefrancesca.blogspot.com
Regresso ao activo?
Por cá esperamos pela tua manifestação semestral.
lololol. E é tudo. Bem vinda de volta!
Até que enfim!!!! 😀
Yupiiiiiiiii! 🙂
Mais uma vez, gargalhada de uma ponta à outra. 🙂 Obrigada.
V-O-L-T-A 🙂
Sofia
Um bom regresso ao activo!
(e espero que o activo também seja aqui porque senti falta do sentido de humor)
Gábi
Boa!!!
Welcome back!
Ehehehe se fores como eu na gritaria, imagino-te bem na cena!
abreijos! saudades de te ler mulher!
Aleluia!
Rapariga, não nos desiludas! Volta ao activo, mas com maior frequência!
Ainda bem que voltas. O que eu me ri com o teu primeiro ou segundo post do cão e da buzina. Vamos a isso. Tamos cá para ver.
Olá, olá.
Obrigada a todos, pensava que só ia escrever para a mim própria e para a Zélia. Beijos!!
Fuck,my boss thinks iam crazy….i laughed so hard that my tummy still hurts…
Fuck,my boss thinks iam crazy….i laughed so hard that my tummy still hurts…
Susana, pf escreve com regularidade! É tão bom chegar aqui e ter textos novos para ler!
Ahahah! Muito bom! No worries! Ainda tens dentes!
Genial!